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Órgão da Igreja da Misericórdia de Viana do Castelo

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O órgão de tubos da Igreja da Misericórdia de Viana do Castelo resulta de uma encomenda, aprovada em sessão da Mesa, datada de 9 de janeiro de 1721, ao Padre Manuel Lourenço da Conceição, que teria como compromisso o entregar até 2 de julho do mesmo ano, por altura da Festa de S. Isabel.

O órgão localiza-se na nave do lado da Epístola. Do lado oposto situa-se um “órgão mudo”, onde se encontram apenas os foles, cumprindo com a simetria estética típica do barroco. Há indícios, contudo, de que o objetivo inicial previa o seu recheio e a presença, portanto, de dois órgãos na igreja. 

O desenho de ambas as caixas é originalmente do arquiteto e engenheiro-militar Manuel Pinto Vilalobos, que assinou o projeto da própria igreja, sendo que a sua talha resulta de um trabalho do mestre Pedro Salgado. 

 

Uma das suas características é a ausência de registos de palheta horizontais, presença habitual nos órgãos ibéricos barrocos, devido à colocação do instrumento no coro, com a frontaria inserida no gradeamento, impossibilitando o seu fácil acesso para manutenção/afinação. 

 

Originalmente, o instrumento apresentava recursos consideráveis, tendo sofrido ao longo do tempo algumas alterações, particularmente na sequência de uma intervenção ocorrida em 1826, pelo organeiro José Benevides de Barros, de Santiago de Compostela. 

Dispõe atualmente de um teclado de 54 notas (oitava inteira), e com 12 meios registos (6 em cada mão). 

 

O último restauro deste instrumento foi concluído em 2010, pela mão do mestre organeiro Dinarte Machado, tendo ocorrido, a 24 de julho desse ano, o concerto inaugural, após a intervenção, protagonizado pela organista Edite Rocha.

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